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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

E-feito

http://e-feito.blogspot.com é o endereço do jornal on line, criado pelos alunos do 2º ano do Mestrado em Ciências da Comunicação, especialização em Jornalismo.
Apoiados pela docente da unidade curricular Laboratório de Jornalismo II, Inês Aroso, que não tem esforços a medir para que, num momento em que o mercado de trabalho está saturado, os alunos consigam ter um contacto, ainda que em tamanho muito reduzido, com a realidade jornalística!

O nome do blog surgiu em discussão numa das aulas, e significa "E" de Electrónico e "feito" que significa a produção dos conteúdos e de forma a gerar o "Efeito"...

Golfe


Em breve entrevista com João Silva Treinador de Golfe...


domingo, 3 de outubro de 2010

Lágrimas

Chove lá fora. A água que bate com força na janela reflete-se nos meus olhos...
Choro... Sinto-me desorientada, perdida de tudo e de todos.. Também tenho direito... Ponho a minha "máscara" um bocadinho de lado, faz falta... O corpo pede para libertar a dor que sente lá no fundo, que está a crescer tão rapidamente que esmaga o coração... Volto a chorar, as lágrimas caem pela cara e batem nas teclas do computador, e pensar que há uns anos o "poético" era escrever "as lágrimas caem neste papel, esborratam as cores, formando uma marca de sofrimento de tinta", por breves momentos o pensamento voou e sorri, lembrei-me de há anos atrás chorar sobre uma folha de papel, cravar sentimentos de vontade de crescer, sofrer por coisas que hoje me parecem tão pequeninas e... Hoje, choro, choro por motivos mais fortes, acho..
Olho mais uma vez a janela aberta, decorada com cortinas verdes, o dia está tão cinzento que dificilmente consigo distinguir a paisagem, ainda estranha para mim...
Acho que tenho que pedir desculpa ao coração por deixar esta dor crescer em mim... Perdoa-me!!
Até breve...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dia Europeu sem carros

Questionados na rua poucos são os que sabem que dia é hoje.
Feita a pergunta "Dia Europeu sem Carros diz-lhe alguma coisa?" a resposta pouco varia de pessoa para pessoa "Sim, já ouvi falar. Mas não sei quando é.."
"É hoje", respondo. "Hoje? não sabia!"

É desta forma que o Dia Europeu sem carros é vivido pela grande parte da população portuguesa. Uma década depois do seu início, esta iniciativa tem cada vez menos visibilidade e menos impacto nos portugueses.

Um dos objectivos principais deste dia é tentar recuperar alguma qualidade ambiental das cidades. No entanto, e ao contrário de edições anteriores, as cidades de Lisboa e Porto, hoje não fecham ruas ao trânsito.
Termina hoje a Semana Europeia da Mobilidade. Num dia em que é suposto o carro ficar na garagem, são várias as efemérides realizadas de Norte a Sul do país com vista a não deixar este dia cair no esquecimento. Cerca de 66 cidades e vilas aderiram a este projecto (dados JN).
Muitas das cidades portuguesas fizeram questão de dar outro sentido a esta semana e inauguraram os primeiros pontos de carregamento públicos da Rede Piloto MOBI.E.




quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Mudar

Mudar de cidade, de emprego, de amigos, de casa.
Aprender caminhos, estradas, moradas.
Procurar... Perder-me e encontrar-me..
Tantos mais verbos, adjectivos, nomes, pronomes, frases, metáforas, comparações, etc, que descreveriam o momento em que mudamos tudo na nossa vida, e decidimos tentar a nossa sorte noutra cidade, quantas vezes maior.
Pessoas estranhas, caras desconhecidas, cheiros não indentificáveis... Barulhos confusos...
Ruas, lojas, restaurantes, esquinas impessoais.
Caminhos parecidos que não levam ao mesmo lugar. Outros não levam a lugar nenhum.
Caras sérias, posturas frias e, raramente, leves sorrisos, pautam cada viagem no metro.
Ninguém se conhece. Não conheço ninguém, ninguém me conhece. Procuro na rua um rosto conhecido, alguém a quem possa esboçar um sorriso e um bom dia, ouvir do outro lado "como estás?"
Parar um bocadinho a conversar...
Passos apressados trilham a saída de cada transporte público. Os passos voam de quem tem que chegar ao trabalho ou a outro destino atempadamente e parece que as horas lhes fogem.
Ninguém se preocupa com ninguém, a vida parece passar ao lado de todos os seres humanos.
A vida... A vida está em nós e não compreendemos o seu significado tantas vezes... Causas e efeitos da "tal" vida que tanto desejamos.
Olho em volta e raros são aqueles que andam com o passo ao compasso do tempo, devagar, aqueles que o relógio não dita as suas rotinas... Aquela calma a que nos habituamos a viver e a sentir...
Enfim... Vida nova!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Historia da Internet num infográfico

Que a Internet se tornou indispensável no nosso dia-a-dia é um facto inegável. No entanto, que poucos sabem da sua história, evolução, também é verdade.
Agora, surgiu um infográfico que conta a sua história através de imagens.
Infográfico é uma representação visual de elementos, podem ser imagens, fotografias, gráficos, etc, de forma a fazer uma apresentação de informações.
Retirado do site.





terça-feira, 24 de agosto de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Plano b

Não encontro o ponto de equilíbrio, vou vivendo uma montanha russa de emoções.
Dá-me raiva, tanta raiva perceber que a onestidade é uma palavra cada vez mais em desuso nos nossos dias...
É fácil ficar desiludida com as pessoas, mas não tão fácil como dizem, ou como já foi um dia! Cresci, e todo os dias me apercebo mais disso, já não sou a menina que sonhava cor-de-rosa, sou uma mulher com sonhos de menina, com dúvidas que me atormentam e se transformam em fantasmas, depravados que me devoram a alma. Fui-me apercebendo que não sou a mesma, mudei, e não confio na humanidade, nos sentimentos "bons"! Quero ser a dona do meu destino, prendi-me demasiado a sentimentos e emoções que me aqueciam e faziam bem ao coração, mas oje já não o faço. vivo na triste realidade que a humanidade não é de confiança... Talvez um dia...
Até breve

#1

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Se tiver coragem

O tempo passa por mim... por nós!! Num turbilhão de emoções confusas. Não posso mais calar os gritos do coração que se refletem na minha alma! É tempo de libertar, de te libertar, libertar-me e tudo que nos envolve... Vou voar, libertar a voz, a alma, sossegar o coração... Amanhã... Serei livre...


domingo, 1 de agosto de 2010

Conversa de MSN

Ele: Olhando pra tudo o que a gente já viveu percebo que só falei de amor, realmente na profundidade dessa sensação toda que nos dá, quando ficamos perto um do outro... percebo mesmo que só despi meu coração pra você... é isso.
Eu: Posso ter me despido de amor, mas o único que me cobriu foi você....
Eu: Eu sou totalmente alucinado por você.
Ele: Somos alucinados um pelo outro...
Eu: Somos... somos 1... coisa que nunca ninguém conseguiu ser comigo.
Ele: Porque te amo inteiro...
Eu: Eu me sinto todo dentro de você.
Ele: E eu me sinto todo dentro de você.
Eu: Nunca mais vamos sair de dentro um do outro... por mais que a gente se perca no caminho, eu sempre te acho e você me acompanha.
Ele: Quero você comigo sempre...
Eu: Quero você comigo pra sempre...
Ele: Sempre...
Eu: Não tenho pressa nessa minha vida... a única pressa é de você em mim, comigo...
Ele: Te amo e é muito.
Eu: Te amo e é valendo....
Eu: Larguei TUDO, largaria TUDO DE NOVO, pra viver o que estamos vivendo. Tudo pra te sentir... é a coisa mais maravilhosa do mundo essa sensação que você provoca em mim.
Ele: Realmente... no dia em que a gente se pegou de fato, não teve mais pra ninguém...
Eu: Nos completamos nesse momento.
Ele: Foi perfeito.
Eu: Foi... foi... e continua sendo. Você me escolheu... e eu te quis... e continuo te querendo... e não paro de querer...
Ele: Nem por um minuto sequer...
Eu: Nem por um segundo...
Ele: Nem...

Retirado deste endereço.

sábado, 31 de julho de 2010

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A soma de dois... deve continuar a ser dois


“Viver junto não é ser cem por cento o outro é não desejar ser o outro, não desejar estar dentro dos pensamentos do outro e principalmente não viver para o outro como se a própria vida não tivesse sentido, caso contrário temos servidão e não o que muita gente enganadamente chama de cumplicidade.
Por mais que se esteja apaixonado ou amando alguém, cada um não deve esquecer de ser tão somente quem é. Determinados espaços da vida de cada personagem em um casal são exclusividades de cada um, deve-se preservar a individualidade em nome de uma vida saudável a dois, sem confundir também individualidade com individualismo.

Faleceu António Feio


António Feio, faleceu ontem, no hospital vítima de um cancro no pâncreas, que lhe foi vencendo o corpo, mas nunca o espírito nem a força de vencer!
Lutou com toda a serenidade nos momentos maus da sua vida. Queríamos todos ser como ele, mas (in)felizmente a coragem que este homem demonstrou não está destinada a qualquer ser. E só nos lembramos destes momentos, de coisas tão boas nas alturas más, e cheios de nostalgia no coração.
Foi um dos atores mais acarinhado pelo público português e trabalhou quase até ao fim dos seus dias, defendendo que o amor salva vidas, mas o humor também.
Sempre encarou a doença em tom de brincadeira, como humorista que era, e pediu para ser relativizado o seu estado de saúde! "Estou aqui para dar cabo do bicho" era assim que o ator falava da sua doença. Nunca se recusou a falar do cancro de que era vítima, e fazia-o frequentemente na sua página pessoal no Facebook. Infelizmente não conseguiu e o "bicho" venceu-o a ele... Mas só fisicamente, querido António, estará para sempre nos nossos corações. O seu testemunho de alegria e força de viver acredito que deu esperança a muita gente. Perdeu-se um grande ator, mas nunca esqueceremos a simplicidade e humildade que transmitia nas suas palavras.
Deu-nos um testemunho inigualável do que é lutar com um sorriso mesmo quando as previsões não eram as melhores, da sensibilidade com que nos tentou ensinar a rir de nós próprios. teria tido um imenso orgulho de ter conhecido o António, de ter convivido umas horas apenas com ele, de ter ouvido uma mensagem, as suas palavras autenticamente sábias...
Precisamos aprender a relativizar os nossos problemas, as coisas tão infinitamente medíocres que nos devoram momentos importantes na nossa vida! Que nos bloqueiam para as coisas boas que se passam à nossa volta e mesmo connosco.
Que esta perda nos faça parar para pensar no quão fugaz é o tempo, que hoje estamos cá, às vezes com tanto ódio no coração, deixamos coisas por fazer, por dizer, e mesmo por viver... Mas o amanhã é uma dúvida. O amanhã pode não chegar a existir e, podemos não ter a oportunidade de dizer "desculpa", "gosto de ti"!
"Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros, apreciem cada momento... Agradeçam e não deixem nada por dizer, nada por fazer."


terça-feira, 20 de julho de 2010

O que andamos a ler

Há uns dias atrás alguém me perguntou que livro andava eu a ler...
Bem...Admito! Sou uma leitora um pouco desorganizada, por vezes.
Na minha estante vejo livros que li, outros em que um marcador me denúncia e não posso negar que li apenas uma parte, e outros que nunca li, e que me lembre, nem sequer os abri.
Tenho que ser sincera, há períodos em que o cansaço me leva longe do pensamento a leitura.
Agora ando a ler dois ao mesmo tempo, sobre jornalismo e as novas tecnologias. E, por falar em novas tecnologias, quem pode negar que tiraram o hábito de leitura de muita gente?
Ler é um hábito saudável que estamos a perder.. Até breve!


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Alternativa

Há quem considere a música “uma forma de arte”, uma forma de expressar sentimentos, uma sinfonia acertada entre vários ritmos, letras e sons, conjugados com o próprio silêncio.

No meio de tantas tendências musicais, de ritmos e estilos diversificados existe a chamada música alternativa ou underground. Um tipo de música menos comercial e menos conhecida do público. No entanto, considera-se já, que estas classificações começam a ser meras formalidades, convenções meio ultrapassadas pois, cada vez mais, os géneros se misturam e nãos se dirigem apenas para um grupo em particular. Já há quem ouça música alternativa e música comercial e consiga apreciar as duas. Cada uma destas tendências musicais tem o seu público-alvo, é certo, mas, já não tão exclusivamente.

Este estilo surgiu em antagonismo à música mainstream, uma música comercial, bem mais conhecida, que está ao alcance de todos, disseminada pelos meios de comunicação. Mainstream é a cultura do grande público. Exemplos de música deste estilo são a música Popular, Pop, Rap, Rock (tradicional), etc.

O estilo alternativo é um estilo que consegue conquistar fãs sem, no entanto, obter sucesso comercial. Não atinge lugares cimeiros em tops nacionais ou internacionais porque nem chega a ser conhecida nesse sentido. São muitos os tipos de música underground que podemos encontrar, desde o Rock ao Heavy Metal, Música Eletrónica, Experimental, entre outros.

Se por um lado temos bandas conhecidas do público como Ramstein, Moonspell, artistas pop como a Madonna, por outro lado temos bandas com géneros musicais alternativos, que se escolhem em vez de, como os Deftones, John Zorn saxofonista e compositor. Fazendo uma pesquisa encontraríamos infinitos nomes que se opunham de um lado e de outro.

Há quem considere que se “foge” para a música alternativa pelo facto de não se querer pertencer às grandes massas que ouvem o mesmo tipo de música, as letras têm “mais substância” e o “espetáculo é mais verdadeiro e menos fabricado”, a opinião de quem ouve os dois tipos de música, e consegue apreciar os pontos onde as duas linhagens musicais convergem.

sábado, 10 de julho de 2010

Era Facebook (iana)

Numa altura em que as redes sociais continuam a sua escalada mediática a uma velocidade estonteante, assistimos a certos fenómenos que nos deviam fazer parar para pensar em vez de estarmos constantemente a “teclar”, seja no telemóvel, computador, notebooks, smartphones, pda’s, etc.

“Teclar”, este é o novo abecedário da sociedade moderna. Há muito que os computadores e a tecnologia saíram dos recônditos laboratórios para fazerem parte do nosso dia-a-dia. Tão indispensáveis que se tornaram (quase) vitais para a nossa sociedade.

As redes sociais apareceram quase como um surto e, num ímpeto, propagaram-se pelo globo. Uma das mais conhecidas e badaladas a nível mundial é o Facebook.

A maior parte dos sites mundiais já inseriram as suas páginas no Facebook, ou vice-versa. O objetivo é criar uma comunidade e, para além de melhorar na prestação dos serviços aos clientes, pretende-se divulgar algumas ações proporcionadas pela empresa.

A Microsoft dominou na década de 90 com o Office e o Windows, a Google foi campã na última década e hoje, a continuar por este caminho, o Facebook liderará toda a rede muito em breve.

A rede, fundada por Mark Zuckerberg, em 2004, que começou por ser uma rede exclusiva para estudantes de Harvard, atualmente conta já com mais de 500 milhões de utilizadores em todo o mundo e, só este ano, já quadriplicou o número de anunciantes e continua a abrir escritórios espalhados pelo mundo.

Além de conversar e (re) encontrar amigos que não víamos há muito, partilhar fotos, dicas, promover e divulgar serviços ou causas, uma rede social não tem só aspetos positivos. Um dos pontos negativos mais apontados, e que tem causado mais polémica, tem sido a violação das regras de privacidade, pelo facto desta plataforma, até há pouco tempo, guardar a informação dos utilizadores não lhes permitindo eliminar por completo as suas contas.

Privacidade consiste em algo pessoal, da vida íntima de cada um, guardar as próprias informações que não dizem respeito a mais ninguém.

Mas, já parámos nós para pensar se na internet a privacidade existe mesmo?
Todas as informações publicadas nos perfis, sejam músicas, vídeos, ideias, sugestões, reclamações, estão acessíveis, não só ao nosso círculo de amigos, mas a outros utilizadores que podem visitar o nosso perfil.

Segundo a revista Wired, “14 grupos de privacidade apresentaram uma denúncia de comércio desleal contra o Facebook”.

Para os usuários que pretendam que os seus dados pessoais não sejam transmitidos para terceiros, a maratona a seguir na página do perfil é de uns quantos passos e opções que parecem não ter fim. Para manter o mais privado possível deve escolher “só amigos” e desmarcar as caixas que dizem que as informações serão compartilhadas em toda a web. E mesmo assim, haverá sempre informações compartilhadas em todo o site, a não ser que, mais uma vez, o usuário tome mais medidas.

Foi mesmo organizada uma campanha para que os usuários eliminassem as suas contas no Facebook, no entanto, poucos foram os que aderiram a esta iniciativa. Pouco mais de 30 mil utilizadores, o que significa um pequeno universo da maior rede de relacionamentos a nível mundial.

Neste âmbito começam a surgir ferramentas e aplicações que pretendem fomentar nas redes sociais alguma privacidade aos utilizadores.

Para os fãs do Facebook que não querem perder a sua privacidade na rede, e que apenas querem divulgar factos para os seus “amigos”, ReclaimPrivacy é uma espécie de “scanner de privacidade”, um serviço que inspeciona automaticamente as configurações de privacidade do utilizador. Para instalar este browser basta ir ao site http://www.reclaimprivacy.org e seguir as indicações que aparecem na página.

A rede continua assim a crescer a passos largos, a “matar” muito do tempo dos funcionários de empresas que em vez de trabalharem saltam de perfil em perfil, muitos converteram-se em agricultores virtuais e outros planeiam estratégias de “gangsters” em rede, confundindo jogos com a realidade.

O convívio é cada vez menos e o ser humano dá-se de uma forma voluntária à solidão, permanecendo em casa, com o olhar fixo no ecrã do computador, alheio ao mundo lá fora. Absorve notícias através das redes, mas vai perdendo a emoção de viver o quotidiano de forma racional e emotiva.

Existe um uso abusivo e constante da internet promolgando no ser humano uma solidão cada vez maior, o paradoxo da presença ausência, dos relacionamentos rescartáveis. Rimos e falamos sozinhos em frente de um pequeno ecrã, onde não existe carinho nem afeto. É cada vez maior a dificuldade de o ser humano sair para a rua e se ralacionar com o outro. Deviamos pensar e refletir nesta moderna forma de solidão. Estaremos nós realmente a viver?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

"O voo do pássaro"


Tive conhecimento deste texto hoje, na minha formação. Gostei tanto que decidi publica-lo. Devíamos todos parar e reflectir nestas palavras e no futuro no nosso país...
De Pacheco Pereira, "O voo do pássaro":

"Se eu sair daqui e andar sempre a direito, por montes e vales e estradas, a voo de pássaro, até ao mar, o que encontro é um retrato de Portugal bem triste e sinistro, que se agrava todos os dias, numa obra de destruição em que muitos portugueses estão activamente empenhados, perante a complacência e colaboração activa do Estado e das autarquias, em nome de um "progresso" que pouco mais significa que dinheiro, egoísmo e vistas curtas. Eu voo daqui, mas podia voar dali que o resultado não seria muito diferente. Infelizmente, o caminho é quase sempre igual. Voando por cima de Portugal, percebe-se a realidade dolorosa da nossa condição de país atrasado, pobre, inculto, sem margem para dúvidas.

Começo. Caminhando pelo ar, a direito, passo por uma ETAR (estação de tratamento de águas residuais) que começou a ser feita num local, depois verificou-se que havia um erro de localização e construção, e mudou-se para outro. Parece que a consistência das terras impedia a construção. Responsabilidades? Nenhumas. Depois, a mesma ETAR, que devia funcionar há muito, não está a funcionar, os esgotos correm em campo aberto perante a indiferença generalizada, com excepção dos mosquitos e moscas. Depois, terrenos que estão nos planos como sendo do domínio agrícola, povoam-se de barracões e casas de habitação e veraneio, construídas ao modelo maison, térreas com colunas e pórticos, felizmente menos horríveis do que o mesmo tipo de casas de emigrante de há uns anos. Ao lado, caem aos bocados casas, adegas, lagares, currais, que seriam na América antiguidades protegidas, com as suas cantarias de pedra, as suas portas de arco, a ocasional estátua escondida num nicho, e cem ou duzentos anos de convívio com o que está à volta, numa acomodação que não existe a não ser pelo tempo. Mas não estamos na América, somos um povo mais velho, logo podemos estragar à vontade. Aldeias. Actividade económica? Nula. Ou quase. Cafés, com a Sport TV e gente falando muito alto. Alcoolismo. Restaurantes, como se imagina. Velhos. Cada vez mais velhos. Farmácias. Único emprego para os jovens que os faz fugir da escola e alimentar a estatística do abandono escolar: construção civil. Muitos jipes, carros, motas. Anúncios de discotecas, bares, cada vez mais. Os movimentos pendulares de carros pela noite, prenunciando o tráfico de droga.

Depois ruínas, de quintas, lagares, fabriquetas, de vinhas, de zonas de cultivo de tomate, de campos de oliveiras, ruínas da agricultura portuguesa. Algumas árvores resistem, umas ardidas nalgum passado incêndio, outras atoladas na sua solidão, sem bosque. Apenas árvores que ficaram, até alguém as cortar, ou plantar eucaliptos ou incendiar de novo. A seguir, um pequeno ribeiro assoreado, cheio de lixo, mal passando por entre canaviais amarelecidos pelo pó da estrada. Depois uma enorme área de restaurante para "bodas e festas", brilhando de novo, enorme parque para estacionamento e o mesmo estilo de casa-maison, pórticos, colunas, com os reclames dos gelados encostados e máquinas onde se apanham ovos de plástico a gancho. Mais lixo, garrafas de plástico, pó.

Uma estrada perigosa, tão perigosa que tudo quanto é aglomeração exigiu um semáforo que mostra o vermelho quando se ultrapassa 50 quilómetros. Pensam que um basta, ou um de quilómetro a quilómetro? Engano. Como o meu vizinho tem um à porta e eu não tenho nenhum, também quero. Os semáforos sucedem-se uns aos outros, colados entre si, num desperdício tão habitual que já ninguém nota. Milhares de sinais, de stop em estradas sem trânsito, de sentidos proibidos em locais onde é improvável proibirem alguma coisa, milhares de sinais mas nenhuma verdadeira indicação de direcção com continuidade. Começa e depois, na próxima bifurcação, por onde viro? Não sei, a terra sumiu a auto-estrada, a localidade que havia lá atrás já não há. Deve ser de haver muitas rotundas, com monumentos no meio, ou fontes. Vários locais de venda e exposição de automóveis usados, crescendo como cogumelos, no meio de urbanizações rápidas, com o entulho da terraplanagem deitado ao lado. Ah! Esqueci-me de vários montes de entulho de construção pelo caminho. Depois, cheira. Não cheira a campo, ao estrume, ao saudável estrume, mas ao cheiro intenso e acidulado das pecuárias, que se cola às casas, aos corpos, que obriga a fechar as janelas, não apenas incómodo, mas insuportável. Depois casas, de todas as formas, de todos os feitios, por todo o lado, completas, incompletas, antigas e novas, as novas todas iguais, com os seus relvados quase artificiais e piscinas, exigindo toda a água do mundo para apenas ficar vagamente verde. As antigas caindo, pouco a pouco, sem gente nem função, com letreiros de imobiliárias, "Vende-se".

Mais à frente, uma pedreira rasga uma série de colinas, o contraforte de uma montanha. "Rasga" é a palavra certa, crescendo para todos os lados numa mancha amarela entre o verde, deformando a cumeeira da serra, partindo-a a meio, mostrando-se como o mais saliente objecto para muitos quilómetros em redor. De repente, tudo o que é cimo do monte, que já tinha uma antena de telemóvel, começa a ter moinhos de vento modernos. Não são o que mais afronta, na sua elegância branca, mas como é que se passa do nada a tantos, de um momento para o outro? A paisagem vai ficando saturada de antenas, moinhos, postes de luz, candeeiros, fios diversos. O caos que tudo envolve é perceptível. A ordem é o caos, porque se percebe que quem quer fazer alguma coisa faz, independentemente de outros direitos e outros valores e do futuro das terras. Quem não quer muda-se. Para onde? A única verdadeira fábrica que está em acção é a da produção de fealdade, a do Portugal feio. E não me venham com a história de que este olhar de pássaro é passadista e hostil aos "melhoramentos" ou ao "progresso económico". Todos, quase todos eram possíveis, são possíveis, sem esta destruição da qualidade de vida, da vista, da paisagem, do equilíbrio natural e mesmo do equilíbrio artificial. Quantas pedreiras neste país foram recuperadas como é suposto? Por que razão é que as suiniculturas, não cumprem a lei, não tratam os seus detritos e provocam mau cheiro? Como é que se pode permitir a contínua violação do terreno classificado como agrícola, para alargar áreas de construção, ou fazer casas onde cada um quer? Quem autoriza a proliferação de stands de automóveis junto das estradas? Quem enxameia tudo de "mobiliário urbano" e rotundas sem ter o saneamento ligado?

Há um problema de pobreza, hoje mais de remediamento, mas está longe de ser uma questão de dinheiro porque se esbanja e muito. É em parte um problema de economia porque a economia paralela, à margem dos impostos e da lei, continua a ser apreciada como escape para a outra, que não existe, ou não sobrevive nesta ecologia pantanosa. Mas acima de tudo são literacias que estão em causa, mais do que cultura ou dinheiro. É uma mínima percepção, inclusive económica, de que isto é um péssimo negócio para todos, mesmo que seja vantajoso a curto prazo para alguns.

Como em tudo, é também o poder que conta, o que tem os que destroem e o que não é usado pelos que podiam impedir as destruições. Há de facto algumas melhorias reais, há mais escolas, mais bibliotecas, mais equipamentos culturais, nalguns casos gigantes e subutilizados, mais hospitais, mais serviços a nível local e regional, melhor comércio de massas, mais acesso a determinados bens e mais dinheiro para os adquirir. É verdade. Mas é uma gota de água no caos, na fealdade, que cresce exponencialmente. Voando a voo de pássaro é impossível não ver."

quarta-feira, 9 de junho de 2010

JÁ NINGUÉM CALA AS VUVUZELAS

Ainda há poucas semanas eram desconhecidas, não se falava nelas, não faziam barulho pelas ruas, não incomodavam ninguém, os miúdos não brincavam com elas nos jardins ou dentro de casa a enlouquecer os vizinhos.
São de plástico, as originais tem cerca de um metro de comprimento, podem ser de todas as cores, e para toca-las é preciso colocar os lábios dentro do bocal e faze-los vibrar para que o ar, ao sair, faça eclodir o som.
Uma espécie de corneta usada pelos sul-africanos durante os jogos de futebol, é assim, quase um símbolo de África, que se tornou no fenómeno do momento a nível mundial.
Falo das famosas vuvuzelas, que passaram de um mero instrumento desconhecido (para a maioria de nós), para o passeio da fama, já todos as conhecem, ouviram falar, mas poucos as suportam e as ousam tocar! Infelizmente a população portuguesa já se familiarizou com a sua melodia desconcertada.
O nome dado a este instrumento é duvidoso, há quem considere que deriva das palavras Zulu (fazer barulho) + Vuvu (som que faz).
Amem-nas ou odeiem-nas, mas as Vuvuzelas são instrumento de apoio à nossa seleção no Mundial 2010.
Este instrumento necessita de uma aprendizagem para ser tocado, dizem que não é tão fácil de tocar como parece. Por isso, Mabhuti, o conhecido futebolista sul-africano, esteve no nosso país para ensinar os portugueses a toca-la.
Criam-se grupos “anti-vuvuzelas”, o comité organizador do Mundial 2010 e a FIFA pediram aos adeptos para moderarem o uso excessivo deste objeto, mas já ninguém as cala! Mas o controverso da questão é que já (quase) ninguém as consegue ouvir...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Prémio Jornalismo 2010

Estão abertas as candidaturas ao Prémio de Jornalismo UE 2010 sobre discriminação.
O concurso é dirigido a jornalistas que escrevam sobre questões de discriminação ou diversidade por motivos de origem racial ou étnica, religião ou crença, idade, deficiência e orientação sexual. Todos os trabalhos devem ter sido publicados num meio de comunicação social impresso ou online, com sede de redacção num dos 27 Estados-Membros da UE.
Um concurso de dimensão europeia, cujo prémio pode ser até 5 mil euros.
O prazo termina a 17 de Setembro de 2010 e a candidatura deve ser feita aqui.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

25 really really stupid facts about social media

Vale a pena ver..
25 coisas estúpidas na internet! E não só..

terça-feira, 1 de junho de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Com Fafe ninguém Fanfe

Para todos os que já ouviram falar da justiça de Fafe e a frase "Com Fafe ninguém fanfe" mas desconhecem a sua origem, aqui fica uma ideia...
Uma "visita" pela história de um dos monumentos mais emblemáticos da cidade.
Ver fotoreportagem aqui.


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Rio Corgo - Vila Real

HORÁCIO ROQUE VITIMA DE AVC




Horácio Roque, presidente executivo do grupo Banif, faleceu hoje, no Hospital S. José, em Lisboa, onde se encontrava nos cuidados intensivos desde inícios de Março, após ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Aos 66 anos de idades, Horácio Roque, era o accionista maioritário do Banif, grupo que fundou no ano de 1980 com outros empresários, depois de ter regressado de África do Sul.
Um homem de sucesso, nasceu em 1974 numa pequena aldeia de Castelo Branco, e aos 14 imigrou para Angola onde se envolveu em negócios diversos.
Destaca-se em toda a Europa devido à sua participação em diferentes negócios.
Ao longo da sua vida recebeu várias condecorações, entre as quais,recebeu das mãos de Mário Soares, na altura Presidente da República, em 1988, a comenda da ordem do infante D. Henrique.
A Presidência do Conselho de Administração do Banif está a ser assegurada por Joaquim Marques dos Santos.




terça-feira, 18 de maio de 2010

Momentos que transformaram o jornalismo 2000 a 2009

Porque é que quando ligo o Facebook perco logo, no mínimo, meia hora lá.?!
Porque vejo sempre algum artigo que me agrada e vou ve-lo...
Hoje fica aqui o destaque deste, "200 moments that transformed journalism, 2000-2009"
Ver aqui endereço.

Casamento Homossexual: Sim aceito

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, promulgou ontem a aprovação do casamento entre duas pessoas do mesmo sexo. Cavaco Silva, no entanto, deixou implícito na mensagem que não usou o direito de veto pois "tudo indica que as forças políticas que o aprovaram, voltariam a aprova-lo".
Portugal é assim, o oitavo país do mundo a aprovar esta lei, e o sexto país da Europa.
Vinte anos depois da Organização Mundial de Saúde ter retirado a Homossexualidade da lista de doenças de foro mental, esta opção sexual continua a ser condenada severamente em muitas nações, chegando mesmo a ser considerada crime.
A declaração feita por Cavaco Silva, teve para muitas pessoas um "significado especial", visto que aconteceu no Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, comemorado este ano pelo sexto ano consecutivo. Durante todo o dia e em vários pontos do país, aconteceram muitas manifestações que defendem que a Homofobia deve ser considerada crime, assim como o Racismo e a Xenofobia.
A nova lei é explicita no que toca à adopção, os casais homossexuais não tem direito a adoptar nenhuma criança.


DIGRESSÃO DOS DEOLINDA PASSA EM TRÁS-OS-MONTES

O Teatro Municipal de Vila Real, prepara-se para receber amanhã, dia 19, o grupo português Deolinda. O quarteto que lidera os tops nacionais, com o seu recente álbum, "Dois Selos e um Carimbo", que já é disco de ouro.
Depois do sucesso de canções como "Fado Toninho", "Canção ao Lado", a banda está a fazer uma tournée de auditórios, pelo país, para apresentar este que é o seu segundo disco, com temas como "Quando jantas em restaurantes", "Entre Alvalade e as Portas de Benfica", que culminará dia 8 de Junho do CCB, em Lisboa.
Este grupo, formado em Lisboa, é constituído pelos irmãos Pedro da Silva Martins e Luís Martins, a prima Ana Bacalhau (vocalista) e o amigo José Pedro Leitão.
Estrearam-se em 2008 com a "Canção ao Lado" e, desde então, contam mais de duas centenas de concertos em Portugal e no estrangeiro.
Amanhã será a vez da cidade transmontana receber esta banda sensação, pelas 22h, no Grande Auditório do Teatro Municipal.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dia da Internet



Hoje, dia 17 de Maio, é assinalado o Dia da Internet.
A rede que revolucionou o mundo e a forma como nos relacionamos uns com os outros.
Uma das ferramentas mais usadas no mundo por empresas, escolas, universidades, etc.
Esta efeméride será celebrada por todo o mundo com diversas iniciativas.




quarta-feira, 5 de maio de 2010

Em prol dos trabalhadores

No dia 1 de Maio, comemora-se o Dia do Trabalhador.
Dezenas de manifestantes concentraram-se na Avenida dos Aliados, no Porto. O PEC foi alvo de uma forte contestação por parte da CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses).
Apesar do calor que se fez sentir naquele sábado, foram muitos os trabalhadores que aderiram a esta causa e marcharam pelas ruas da cidade manifestando o seu desagrado contra algumas medidas tomadas pelo Governo. Em muitas faixas e cartazes estavam escritas frases de descontentamento.




terça-feira, 4 de maio de 2010

Cenografia da Informação Televisiva em Portugal

Promovido pelo Centro de Estudos das Tecnologias, Artes e Ciências da Comunicação (CETAC) da Universidade do Porto, as instalações do curso de Ciências da Comunicação, foram palco do seminário "Cenografia da Informação Televisiva em Portugal", no passado dia 30 de Abril.
Durante a manhã foram apresentados alguns trabalhos de investigação relativos à cenografia televisiva no nosso país e a sua evolução histórica .
Maria Saraiva, investigadora e moderadora do debate, defende que "deveria haver um organismo externo a cada empresa televisiva de forma a poder guardar os milhares de horas de emissões", considerando que "faz parte do nosso património".
Foi ainda divulgada uma investigação baseada no eye-traking, levada a cabo por investigadores das universidades do Porto e de Évora. Um método que acompanha o movimento dos olhos do telespectador face ao monitor, registando o seu percurso e os momentos de pausa.
Da parte da tarde, estiveram presentes profissionais da televisão e académicos para debaterem este tema. Fizeram parte da mesa António Polainas e Vitor Duarte que deram a visão da concepção cebográfica da RTP e da SIC, respectivamente, explicando alguma da complicada metodologia de criar um espaço de televisão. Para António Polainas "a cenografia não é decoração, deve ter um conceito, uma história".
José Alberto Carvalho, director de informação da RTP, falou sobre a sua experiência como jornalista e director. Para o jornalista, é importante que, na redacção, "toda a gente se deva sentir responsável pelo produto que vai para o ar".
Felisbela Lopes, docente na Universidade do Minho, e Francisco Rui Cádima, docente da Universidade Nova de Lisboa, abordaram o assunto enquanto académicos. A docente não deixou de felicitar a iniciativa de unir profissionais e académicos à mesma mesa.


quarta-feira, 28 de abril de 2010

Seminário

As Instalações do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto, serão palco do Seminário :"A cenografia da informação televisiva em Portugal", que decorrerá no próximo dia 30 de Abril.
Irão estar presentes jornalistas conhecidos do público. Rostos da televisão portuguesa como o jornalista José Alberto Carvalho, Felisbela Lopes, entre outros .
A entrada é gratuita e dá direito a certificado.

Mais informações aqui.