Mudar de cidade, de emprego, de amigos, de casa.
Aprender caminhos, estradas, moradas.
Procurar... Perder-me e encontrar-me..
Tantos mais verbos, adjectivos, nomes, pronomes, frases, metáforas, comparações, etc, que descreveriam o momento em que mudamos tudo na nossa vida, e decidimos tentar a nossa sorte noutra cidade, quantas vezes maior.
Pessoas estranhas, caras desconhecidas, cheiros não indentificáveis... Barulhos confusos...
Ruas, lojas, restaurantes, esquinas impessoais.
Caminhos parecidos que não levam ao mesmo lugar. Outros não levam a lugar nenhum.
Caras sérias, posturas frias e, raramente, leves sorrisos, pautam cada viagem no metro.
Ninguém se conhece. Não conheço ninguém, ninguém me conhece. Procuro na rua um rosto conhecido, alguém a quem possa esboçar um sorriso e um bom dia, ouvir do outro lado "como estás?"
Parar um bocadinho a conversar...
Passos apressados trilham a saída de cada transporte público. Os passos voam de quem tem que chegar ao trabalho ou a outro destino atempadamente e parece que as horas lhes fogem.
Ninguém se preocupa com ninguém, a vida parece passar ao lado de todos os seres humanos.
A vida... A vida está em nós e não compreendemos o seu significado tantas vezes... Causas e efeitos da "tal" vida que tanto desejamos.
Olho em volta e raros são aqueles que andam com o passo ao compasso do tempo, devagar, aqueles que o relógio não dita as suas rotinas... Aquela calma a que nos habituamos a viver e a sentir...
Enfim... Vida nova!
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