sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
A soma de dois... deve continuar a ser dois
Faleceu António Feio
terça-feira, 20 de julho de 2010
O que andamos a ler
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Alternativa
Há quem considere a música “uma forma de arte”, uma forma de expressar sentimentos, uma sinfonia acertada entre vários ritmos, letras e sons, conjugados com o próprio silêncio.
No meio de tantas tendências musicais, de ritmos e estilos diversificados existe a chamada música alternativa ou underground. Um tipo de música menos comercial e menos conhecida do público. No entanto, considera-se já, que estas classificações começam a ser meras formalidades, convenções meio ultrapassadas pois, cada vez mais, os géneros se misturam e nãos se dirigem apenas para um grupo em particular. Já há quem ouça música alternativa e música comercial e consiga apreciar as duas. Cada uma destas tendências musicais tem o seu público-alvo, é certo, mas, já não tão exclusivamente.
Este estilo surgiu em antagonismo à música mainstream, uma música comercial, bem mais conhecida, que está ao alcance de todos, disseminada pelos meios de comunicação. Mainstream é a cultura do grande público. Exemplos de música deste estilo são a música Popular, Pop, Rap, Rock (tradicional), etc.
O estilo alternativo é um estilo que consegue conquistar fãs sem, no entanto, obter sucesso comercial. Não atinge lugares cimeiros em tops nacionais ou internacionais porque nem chega a ser conhecida nesse sentido. São muitos os tipos de música underground que podemos encontrar, desde o Rock ao Heavy Metal, Música Eletrónica, Experimental, entre outros.
Se por um lado temos bandas conhecidas do público como Ramstein, Moonspell, artistas pop como a Madonna, por outro lado temos bandas com géneros musicais alternativos, que se escolhem em vez de, como os Deftones, John Zorn saxofonista e compositor. Fazendo uma pesquisa encontraríamos infinitos nomes que se opunham de um lado e de outro.
Há quem considere que se “foge” para a música alternativa pelo facto de não se querer pertencer às grandes massas que ouvem o mesmo tipo de música, as letras têm “mais substância” e o “espetáculo é mais verdadeiro e menos fabricado”, a opinião de quem ouve os dois tipos de música, e consegue apreciar os pontos onde as duas linhagens musicais convergem.
sábado, 10 de julho de 2010
Era Facebook (iana)
Numa altura em que as redes sociais continuam a sua escalada mediática a uma velocidade estonteante, assistimos a certos fenómenos que nos deviam fazer parar para pensar em vez de estarmos constantemente a “teclar”, seja no telemóvel, computador, notebooks, smartphones, pda’s, etc.
“Teclar”, este é o novo abecedário da sociedade moderna. Há muito que os computadores e a tecnologia saíram dos recônditos laboratórios para fazerem parte do nosso dia-a-dia. Tão indispensáveis que se tornaram (quase) vitais para a nossa sociedade.
As redes sociais apareceram quase como um surto e, num ímpeto, propagaram-se pelo globo. Uma das mais conhecidas e badaladas a nível mundial é o Facebook.
A maior parte dos sites mundiais já inseriram as suas páginas no Facebook, ou vice-versa. O objetivo é criar uma comunidade e, para além de melhorar na prestação dos serviços aos clientes, pretende-se divulgar algumas ações proporcionadas pela empresa.
A Microsoft dominou na década de 90 com o Office e o Windows, a Google foi campã na última década e hoje, a continuar por este caminho, o Facebook liderará toda a rede muito em breve.
A rede, fundada por Mark Zuckerberg, em 2004, que começou por ser uma rede exclusiva para estudantes de Harvard, atualmente conta já com mais de 500 milhões de utilizadores em todo o mundo e, só este ano, já quadriplicou o número de anunciantes e continua a abrir escritórios espalhados pelo mundo.
Além de conversar e (re) encontrar amigos que não víamos há muito, partilhar fotos, dicas, promover e divulgar serviços ou causas, uma rede social não tem só aspetos positivos. Um dos pontos negativos mais apontados, e que tem causado mais polémica, tem sido a violação das regras de privacidade, pelo facto desta plataforma, até há pouco tempo, guardar a informação dos utilizadores não lhes permitindo eliminar por completo as suas contas.
Privacidade consiste em algo pessoal, da vida íntima de cada um, guardar as próprias informações que não dizem respeito a mais ninguém.
Mas, já parámos nós para pensar se na internet a privacidade existe mesmo?
Todas as informações publicadas nos perfis, sejam músicas, vídeos, ideias, sugestões, reclamações, estão acessíveis, não só ao nosso círculo de amigos, mas a outros utilizadores que podem visitar o nosso perfil.
Segundo a revista Wired, “14 grupos de privacidade apresentaram uma denúncia de comércio desleal contra o Facebook”.
Para os usuários que pretendam que os seus dados pessoais não sejam transmitidos para terceiros, a maratona a seguir na página do perfil é de uns quantos passos e opções que parecem não ter fim. Para manter o mais privado possível deve escolher “só amigos” e desmarcar as caixas que dizem que as informações serão compartilhadas em toda a web. E mesmo assim, haverá sempre informações compartilhadas em todo o site, a não ser que, mais uma vez, o usuário tome mais medidas.
Foi mesmo organizada uma campanha para que os usuários eliminassem as suas contas no Facebook, no entanto, poucos foram os que aderiram a esta iniciativa. Pouco mais de 30 mil utilizadores, o que significa um pequeno universo da maior rede de relacionamentos a nível mundial.
Neste âmbito começam a surgir ferramentas e aplicações que pretendem fomentar nas redes sociais alguma privacidade aos utilizadores.
Para os fãs do Facebook que não querem perder a sua privacidade na rede, e que apenas querem divulgar factos para os seus “amigos”, ReclaimPrivacy é uma espécie de “scanner de privacidade”, um serviço que inspeciona automaticamente as configurações de privacidade do utilizador. Para instalar este browser basta ir ao site http://www.reclaimprivacy.org e seguir as indicações que aparecem na página.
A rede continua assim a crescer a passos largos, a “matar” muito do tempo dos funcionários de empresas que em vez de trabalharem saltam de perfil em perfil, muitos converteram-se em agricultores virtuais e outros planeiam estratégias de “gangsters” em rede, confundindo jogos com a realidade.
O convívio é cada vez menos e o ser humano dá-se de uma forma voluntária à solidão, permanecendo em casa, com o olhar fixo no ecrã do computador, alheio ao mundo lá fora. Absorve notícias através das redes, mas vai perdendo a emoção de viver o quotidiano de forma racional e emotiva.
Existe um uso abusivo e constante da internet promolgando no ser humano uma solidão cada vez maior, o paradoxo da presença ausência, dos relacionamentos rescartáveis. Rimos e falamos sozinhos em frente de um pequeno ecrã, onde não existe carinho nem afeto. É cada vez maior a dificuldade de o ser humano sair para a rua e se ralacionar com o outro. Deviamos pensar e refletir nesta moderna forma de solidão. Estaremos nós realmente a viver?