Promovido pelo Centro de Estudos das Tecnologias, Artes e Ciências da Comunicação (CETAC) da Universidade do Porto, as instalações do curso de Ciências da Comunicação, foram palco do seminário "Cenografia da Informação Televisiva em Portugal", no passado dia 30 de Abril. Durante a manhã foram apresentados alguns trabalhos de investigação relativos à cenografia televisiva no nosso país e a sua evolução histórica .
Maria Saraiva, investigadora e moderadora do debate, defende que "deveria haver um organismo externo a cada empresa televisiva de forma a poder guardar os milhares de horas de emissões", considerando que "faz parte do nosso património".
Foi ainda divulgada uma investigação baseada no eye-traking, levada a cabo por investigadores das universidades do Porto e de Évora. Um método que acompanha o movimento dos olhos do telespectador face ao monitor, registando o seu percurso e os momentos de pausa.
Da parte da tarde, estiveram presentes profissionais da televisão e académicos para debaterem este tema. Fizeram parte da mesa António Polainas e Vitor Duarte que deram a visão da concepção cebográfica da RTP e da SIC, respectivamente, explicando alguma da complicada metodologia de criar um espaço de televisão. Para António Polainas "a cenografia não é decoração, deve ter um conceito, uma história".
José Alberto Carvalho, director de informação da RTP, falou sobre a sua experiência como jornalista e director. Para o jornalista, é importante que, na redacção, "toda a gente se deva sentir responsável pelo produto que vai para o ar".
Felisbela Lopes, docente na Universidade do Minho, e Francisco Rui Cádima, docente da Universidade Nova de Lisboa, abordaram o assunto enquanto académicos. A docente não deixou de felicitar a iniciativa de unir profissionais e académicos à mesma mesa.